Santa Maria terá central compartilhada para gerir casos do SUS
Um debate realizado no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscon), na Justiça Federal, pode ter encaminhado o futuro dos atendimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Maria. Devido ao número excessivo de ações judiciais envolvendo o serviço prestado nos hospitais pelo SUS, o Poder Judiciário convocou uma reunião com diretores de três centros hospitalares do município, membros da Secretaria de Saúde do Estado, além de representantes da prefeitura.
Segundo o diretor do Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial da Secretaria de Saúde do Estado, Marcos Lobato, Santa Maria deve receber uma Central Compartilhada de Regulação, que irá organizar as filas de espera para atendimentos pelo SUS, além de distribuir os pacientes conforme a capacidade de cada hospital.
- Ainda vamos decidir sobre o que será essa central compartilhada de regulação: se vai ser leitos, cirurgias eletivas, consultas. Alguns municípios englobam tudo na central, inclusive o Samu. É algo que temos de acordar com o município. O que está mais confuso é a questão das filas de espera para consultas especializadas e cirurgias eletivas - disse Lobato.
Para o juiz federal Lúcio Maffassioli de Oliveira, a reunião trouxe bons frutos a partir do acordo entre Estado e prefeitura para a elaboração de uma central compartilhada.
- Irá informatizar toda a região e melhorar o atendimento. É a nossa tentativa de trazer uma solução às pessoas que procuram atendimento pelo SUS, em razão dos inúmeros processos que chegam ao Judiciário- explica o magistrado.
- Irá informatizar toda a região e melhorar o atendimento. É a nossa tentativa de trazer uma solução às pessoas que procuram atendimento pelo SUS, em razão dos inúmeros processos que chegam ao Judiciário- explica o magistrado.
Problemas em postos de saúde também foram discutidos
De acordo com Lobato, uma das maiores deficiências do município está no atendimento primário.
- Esse é o problema local mais importante. Santa Maria não tem uma estratégia de saúde da família eficaz, que faça o atendimento primário nos postos de saúde de uma maneira mais qualificada, e oferte mais atendimentos de doenças frequentes. Então, tu consegues atender melhor o hipertenso, o diabético, a gestante, a criança, e isso desafoga as emergências dos hospitais. E essa é a grande responsabilidade do município - argumenta.
- Esse é o problema local mais importante. Santa Maria não tem uma estratégia de saúde da família eficaz, que faça o atendimento primário nos postos de saúde de uma maneira mais qualificada, e oferte mais atendimentos de doenças frequentes. Então, tu consegues atender melhor o hipertenso, o diabético, a gestante, a criança, e isso desafoga as emergências dos hospitais. E essa é a grande responsabilidade do município - argumenta.
Sobre o problema da falta de leitos pelo SUS, Lobato afirma que o Estado já está tentando minimizar a situação com a construção do hospital regional, entre outros investimentos em hospitais da cidade.
- O primeiro trabalho, e que já estamos fazendo, é aumentar a quantidade de leitos. A gente tem uma oferta de contratação de leitos no Hospital São Francisco, temos a
previsão de abertura de mais leitos pelo Alcides Brum. Isso já ajuda bastante - analisa Lobato.
Ainda não há prazo nem endereço para que a central funcione, mas o secretário adjunto de Saúde de Santa Maria, Julio Nunes, garante que ela existirá.
- Em breve nos reuniremos para tratar do assunto - conclui.
- O primeiro trabalho, e que já estamos fazendo, é aumentar a quantidade de leitos. A gente tem uma oferta de contratação de leitos no Hospital São Francisco, temos a
previsão de abertura de mais leitos pelo Alcides Brum. Isso já ajuda bastante - analisa Lobato.
Ainda não há prazo nem endereço para que a central funcione, mas o secretário adjunto de Saúde de Santa Maria, Julio Nunes, garante que ela existirá.
- Em breve nos reuniremos para tratar do assunto - conclui.